O que é Bafômetro?
É um aparelho que permite determinar a concentração de bebida alcóolica em uma pessoa, analisando o ar exalado dos pulmões. O princípio de detecção do grau alcóolico está fundamentado na avaliação das mudanças das características elétricas de um sensor sob os efeitos provocados pelos resíduos do álcool etílico no hálito do indivíduo.
O sensor é um elemento formado por um material cuja condutividade elétrica é influenciada pelas substâncias químicas do ambiente que se aderem à sua superfície. Sua condutividade elétrica diminui quando a substância é o oxigênio e aumenta quando se trata de álcool.
Dependência Química: O Álcoolismo
domingo, 6 de novembro de 2011
Teor alcoolico de algumas bebidas
Decidimos postar uma tabela sobre o teor alcoolico de algumas bebidas mais conhecidas. É sempre importante lembrar que o consumo de algumas bebidas que tem o teor alcoolico alto pode levar a pessoa a um estado de incosciencia ou até a morte.
BEBIDA | g/100ml |
Vodca | 45 |
Bourbon | 40 |
Aguardente | 35 |
Conhaque | 35 |
Rum | 35 |
Uisque | 35 |
Gim | 28 |
Vermute italiano | 18 |
Vinho do Porto | 15 |
Xerez | 15 |
Vinho Madeira | 14 |
Champanha seco | 11 |
Champanha doce | 11 |
Vinho branco | 10 |
Vinho tinto | 10 |
Cerveja | 4 |
domingo, 30 de outubro de 2011
O que rola na internet
Um site que achamos muito interessante é do governo e tem como principal objetivo, ensinar, conscientizar, previnir e alertar as pessoas para o problema com o álcool. O site tem várias entrevistas, videos, reportagens e pesquisas, vale a pena conferir. O link do site é:
http://alcoolismo.tudosobre.org/
http://alcoolismo.tudosobre.org/
10 países mais alcoólatras do mundo
Com base nos dados deste estudo listamos os 10 países com os maiores índices de consumo de álcool. É necessário advertir que as quantidades indicadas na lista são de álcool puro.
- Moldávia
. É famoso por ser um país de tradição na vinicultura. Sua população consomem pouco mais de 18 litros por ano. - República Tcheca
. A princípios do século XX adquiriu fama por ser um dos principais produtores de cerveja de qualidade. Esta bebida é uma das maiores paixões das pessoas destas terras. A cada ano, 16,4 litros de álcool são consumidos pelos tchecos em média. - Hungria. Os húngaros ocupam o terceiro lugar na lista de maiores consumidores de bebidas embriagantes. 16,2 litros é o bebe em média um cidadão desse país nos 365 dias do ano.
- Rússia. Registra uma média de 15,76 litros de álcool consumidos per capita ao ano. O governo russo comentou que esse líquido é o principal inimigo a vencer, ainda que lá tomar porres é uma tradição milenar.
- Ucrânia. É muito comum por aquela região dizer "bebe como cossaco". Eles consomem cerca de 15,6 litros de álcool ao ano, principalmente de cerveja.
- Estônia. O país tem fama de vender álcool a um baixo preço. Talvez não seja de estranhar que anualmente as pessoas beba uma média de 15,5 litros.
- Andorra. Catalogado como o centro de compras internacionais devido aos preços competitivos de diferentes produtos de grandes marcas, incluídos fumo e álcool. Seus cidadãos tomam 15,4 litros por ano.
- Romênia. 15,3 litros é o que cada romeno costuma tomar durante o ano. As bebidas mais populares são a cerveja, o vinho e a tradicional Tzuika.
- Eslovênia. 15,19 litros em média. Lamentavelmente, mais de 7% das doenças e mortes prematuras registradas lá estão relacionados com o álcool.
- Bielorrúsia. Neste país, ao ano, a população costuma tomar 15,13 litros. As desordens sociais, econômicas e políticas experimentadas nesse país depois da dissolução da União Soviética provocaram o aumento de seu consumo.
Segundo o estudo da OMS, a população brasileira consome 6.2 litros de álcool ao ano com preferência pela cerveja. Em nosso país o álcool é responsável por 7,29% das doenças (homens) e é o responsável por até 40% dos acidentes de trânsito, um grande problema de saúde e de caos social.
Leia mais em: 10 países mais alcoólatras do mundo - Metamorfose Digital http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=18557#ixzz1cIoc1ErW
O que você acha?
O mundo atual está mudando. Você já deve ter percebido isso. Mas será que você também não está mudando? A dependência química virou assunto escondido pela mídia. Hoje nao é mais problema beber escondido, em festas, em baladas, na casa dos amigos, nos bares. E a situação tende a piorar: Há muitas falhas na legislação em relação ao consumo de agentes quimicos e menores de idade.
A seguir mostraremos uma reportagem que achamos muito interessante, que está no site "boa saúde":
Introdução
Muitos dos dependentes químicos iniciaram seu relacionamento com as drogas exatamente no lugar onde se suporia que estariam mais seguros: dentro de casa. Na realidade, de acordo com a Dra. Sandra Schivoletto, psiquiatra, Coordenadora Executiva do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas e Responsável pelo Ambulatório de Adolescentes e Drogas do Departamento de Psiquiatria da USP - Universidade São Paulo, em entrevista exclusiva para esta reportagem, é em casa, em família, que as crianças aprendem como se relacionar com as substâncias químicas. A mesma opinião é defendida pelo psicólogo clínico Fernando Falabella Tavares de Lima, Diretor Clínico do Núcleo de Estudos e Temas em Psicologia, NETPSI, especialista em drogas e que também concedeu entrevista exclusiva para esta matéria. “Os pais são o modelo de comportamento adulto dos filhos”, diria a Dra. Sandra. “Não há dúvidas que as crianças e os adolescentes que iniciam o uso de remédios e drogas ilícitas vêem no exemplo das pessoas mais velhas uma atitude a ser imitada”, confirma o psicólogo Fernando.
Onde para cada problema existe uma solução química, a dependência química é a decorrência natural
O problema, segundo profissionais como o psicólogo Fernando e a psiquiatra Sandra, é que muitas famílias adotam um modelo de comportamento permissivo em relação às substâncias químicas, utilizando-as como alternativa para a solução imediata de suas angústias. A Dra. Sandra explica que, até o fim da infância, os pais são vistos como referência do que é certo e somente na adolescência, quando passam a ter contato com outros modelos de comportamento, que começam a questiona-los. Mas é na infância que o indivíduo estabelece sua forma de lidar com o mundo, com as angústias e com as emoções. A médica usa como exemplo o pai que chega em casa e, estressado, toma um whisky, ou a mãe que usa um calmante, como o Lexotan ®, para relaxar. “Ou o pai que, com problemas sexuais, toma um Viagra, ou a mãe que quer emagrecer e, em vez de fazer dieta ou ginástica e adotar hábitos saudáveis, toma um remédio para absorver menos gordura”, complementa ela com mais exemplos.
“Isso resulta em um modelo de que para qualquer problema, uma substância química é uma solução rápida. O que acaba acontecendo é que não se cria o hábito de, em família, conversar para resolver os problemas: toma-se logo um remedinho, bebe-se uma bebidinha, para qualquer coisa”, conclui a Dra. Sandra. “É bastante comum vermos pais que são viciados em remédios, álcool, tabaco, ou mesmo em trabalho, reclamarem ao saberem que os filhos adolescentes estão experimentando maconha, por exemplo”, exemplifica ainda o psicólogo Fernando.
Automedicação: exemplos que passam a mensagem errada
De acordo com a médica, famílias que se automedicam tem mais chances de que seus filhos abusem de drogas tanto lícitas quanto ilícitas, e este é um fato provado pela experiência clínica da maioria dos profissionais da área. Um exemplo clássico citado pela médica é o do uso de vitaminas quando a criança não quer comer, “para abrir o apetite”. A mensagem passada para a criança, explica a médica, está errada. Quanto a isso, o psicólogo Fernando complementa que um dos expedientes utilizados para “abrir o apetite”, com muita freqüência, é o tradicional Biotônico Fontoura ®, xarope que promete abrir o apetite, e que, segundo ele, possui 9% de teor alcoólico, contra 4 ou 5% de concentração alcoólica das cervejas. “O uso diário - às vezes mais de uma vez por dia - deste tipo de produto, administrado para crianças pequenas, pode induzir ao alcoolismo”, alerta o psicólogo.
O diretor do NETPSI lembra também que “não se pode esquecer ainda que há remédios que são feitos para crianças, embora contenham componentes tóxicos bastante fortes." As crianças descobrem a "farmacinha" doméstica e vão em busca daqueles remédios gostosinhos, como por exemplo alguns xaropes, com gosto doce, ou mesmo alguns comprimidos que parecem balas. Fernando recorda que um grande número de internações de crianças se deve ao consumo de remédios sem controle. “Os pais ou responsáveis devem ter o maior cuidado no armazenamento de remédios em casa. Não se pode deixá-los à mão de crianças: nunca é demais lembrar que remédios são drogas e devem estar guardados em locais fechados, fora do alcance dos pequenos”, alerta.
O imediatismo típico da adolescência
Junta-se a este modelo familiar descrito pela psiquiatra uma das características mais típicas dos adolescentes: o imediatismo. Com estes ingredientes está criado o ambiente onde a dependência química se instala. “O adolescente está preocupado com o agora, e não como o daqui um ano”, alerta a psiquiatra, explicando o porquê dele escolher o prazer imediato em detrimento da saúde no longo prazo. “Em um modelo familiar deste tipo, o adolescente não aprendeu a lidar com a tristeza, o cansaço, a frustração. Para aliviar os seus problemas, ele aprendeu que a saída é tomar um comprimido, beber alguma coisa, ou qualquer outra solução imediata que dê prazer e/ou alívio” continua e médica.
A psiquiatra lembra que crianças e adolescentes não aprendem com discurso, mas com comportamento, com exemplo, com coerência. E aí entram uma série de aprendizados indiretos, muitas vezes não relacionados com as drogas em si, mas que fazem parte deste modelo de que fala a Dra. Sandra. Segundo ela, “de nada adianta ensinarmos na escola as regras de trânsito se depois o pai passa no sinal vermelho na frente do filho: falta coerência na educação familiar”, acusa. “Os pais dizem que é proibido mentir, mas pedem para os filhos dizerem que não estão em casa quando alguém inoportuno telefona”, prossegue a psiquiatra, que ensina que o diálogo é o modelo que precisa ser implantado no ambiente familiar: “Para estar tranqüilo em relação ao que espera dos hábitos do filho no futuro, plante isso com ele desde o início. Não espere que ele lhe conte o seu dia se você não lhe conta o seu”.
O consumo de álcool e tabaco também começa em casa
De acordo com o Levantamento Nacional Domiciliar sobre o Uso de Psicotrópicos, desenvolvido pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) realizado em 1999 em 24 cidades do Estado de São Paulo e publicado na edição nº 52 da Revista ‘Pesquisa FAPESP’ (abril de 2000), sob a reportagem de Marta Góes ‘A ameaça maior das drogas legais’, “as drogas que mais devastam os brasileiros podem ser expostas nas cristaleiras ou consumidas em festas de família”. Segundo esta pesquisa, “nas maiores cidades do Estado de São Paulo consomem-se álcool e cigarro em níveis tão altos quanto nos Estados Unidos, mas o uso de maconha, cocaína, crack e outras substâncias ilegais permanecem em patamares tão baixos quanto os de outros países da América Latina”.
Embora essa conclusão pareça mais um daqueles argumentos para legitimar o consumo da maconha, por outro lado desfaz a idéia de que álcool e tabaco não são drogas. O pesquisador José Carlos Galduróz, médico psiquiatra graduado pela Escola Paulista de Medicina (atual Universidade Federal de São Paulo - Unifesp), onde fez o mestrado e o doutorado na área de Psicobiologia e também pesquisador do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), que coordenou o levantamento, diz que o estereótipo de que droga é só maconha e cocaína contribui para o consumo intenso de álcool e tabaco e que, graças a isso, o álcool pode ser anunciado livremente e costuma ser vinculado pela publicidade até à imagem de atletas. Já se sabia que o álcool é o psicotrópico de uso mais difundido no País, mas a estridência dos meios de comunicação ao falar de drogas ilegais sugeria que elas estariam tomando a dianteira como ameaça social. De acordo com o Levantamento da Fapesp, “53% da população experimenta álcool pelo menos uma vez na vida e uma grande porcentagem dos que bebem se torna dependente: entre os homens, um em cada seis. Mais silenciado e em muitas instâncias protegido por uma capa de respeitabilidade, o álcool é consumido regularmente - de três a quatro vezes por semana ou, até, todos os dias - por 4,5% da população pesquisada, ou 673 mil pessoas.
De acordo com as conclusões do estudo realizado em São Paulo, o consumo de tabaco também causa alarme entre os especialistas. Pelo menos 39% dos habitantes das maiores cidades do Estado de São Paulo já fumaram alguma vez, aponta o levantamento. Destes, cerca de 20% - um número estimado em 3 milhões de pessoas - fumam diariamente e chega a quase 10% o número de dependentes de cigarro na população, muitos deles na faixa dos 12 a 17 anos (3,5% ou 84.000 pessoas).
O mais incrível é que uma outra pesquisa, do Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas), de 1997, com estudantes de dez capitais brasileiras, aponta que 40% dos entrevistados de 12 a 18 anos beberam pela primeira vez em casa.
Modelos de Prevenção
Segundo a Dra. Sandra, os modelos de prevenção à dependência química atuais visam os pais das crianças. “Peça para que os pais de hoje reflitam sobre os modelos familiares que eles tem e se não estão passando a mensagem de que há soluções químicas para qualquer problema”, sugere a médica. De acordo com a especialista, há trabalhos internacionais (Chilcoat, Haoward e James, Anthony, EUA, 1996) que mostram que o monitoramento dos pais com filhos ainda na infância, promovendo que estejam mais presentes na vida dos seus filhos, é capaz de retardar a experimentação das drogas e diminui o risco do uso de drogas ilícitas.
Com base nesta premissa, o rumo dos programas de prevenção aceitos pelos estudiosos sofreram alterações bastante contundentes. No entanto, não existem ainda dados conclusivos sobre os resultados destes novos modelos de prevenção, uma vez que não há ainda tempo suficiente para que a comprovação científica, que compara um modelo com o outro, ocorra. “O que se sabe ainda é intuitivo”, explica a médica. Na opinião dela, o programa de prevenção ideal visa os pais, a pré-escola, uma postura ativa em relação à saúde e mais as crianças do que os jovens, visando resultados em longo prazo.
De acordo com o psicólogo Fernando, “é importante que as ações preventivas não visem apenas o resultado imediato, como o obtido por técnicas do ‘modelo do terror’, por exemplo, através de depoimentos, fotos, estatísticas dramáticas que objetivam apenas a paralisação momentânea do comportamento. As ações preventivas devem ser a longo prazo, realizadas através de programas específicos para cada idade e população-alvo. Pouco adianta a utilização de palestras isoladas, o trabalho deve ser contínuo.”
Prevenção dirigida
O levantamento feito pela Fapesp comprova a tese de Fernando de que as campanhas de prevenção devem ser dirigidas a cada população, inclusive com abordagens diferentes para homens e mulheres. De acordo com o estudo, embora inicialmente todos sejam expostos da mesma maneira ao consumo do álcool, por exemplo, enquanto um em cada seis usuários do sexo masculino se torna dependente, isso acontece apenas com uma em cada 17 mulheres. Em cada quatro usuários de maconha, três são homens. Em contrapartida, no que diz respeito ao tabaco, as mulheres são vítimas preferenciais - uma em cada quatro que experimentam cigarro se viciam, contra um em cada cinco homens. Na faixa etária de 35 anos ou mais, há um número discretamente maior de dependentes do tabaco entre as mulheres.
No caso dos estimulantes, em geral moderadores de apetite, como Inibex ®, Hipofagin ® e Moderex ®, para voltarmos ao exemplo das drogas que são compradas em farmácias e habitam as residências ao lado dos tradicionais xaropes e analgésicos, nota-se um nítido predomínio feminino. Com base na pesquisa realizada em São Paulo, concluiu-se que as mulheres consomem quatro vezes mais este tipo de psicotrópico do que os homens. De acordo com Galduróz, este dado já aparecia muito claramente na pesquisa com estudantes, também realizada pela Fapesp, e que exprime a obrigação de um modelo de beleza baseado na magreza, imposto às mulheres pela moda. Este mesmo dado explica também a predominância do uso de ansiolíticos (benzodiazepínicos) entre as mulheres: 1,7% em contraposição a 1% dos homens. Este tipo de remédio é usado para compensar os efeitos tensionadores causados pelos moderadores de apetite.
Ainda sobre os modelos de prevenção, Galduróz lembra ainda que a informação rigorosa, assim como o diagnóstico certo, embora sejam fundamentais para enfrentar o problema da droga, são apenas partes da solução. De acordo com o pesquisador, “informação sozinha não muda nada. Todo mundo sabe que cigarro dá câncer e ainda assim fuma; adolescente sabe do risco de transar sem camisinha e engravida”. Partindo de informações do Levantamento Domiciliar, quase 50% da população das grandes cidades considera beber um ou dois drinques por semana risco grave, mas nem por isso os índices de consumo e dependência de álcool são menores. O pesqeduisador acredita que “a informação tem que ser trabalhada em campanhas, currículos escolares e em políticas de saúde pública”. Ele lembra que todo o investimento do governo americano em repressão, na última década, não impediu que o país se tornasse o maior mercado consumidor de drogas do mundo.
A seguir mostraremos uma reportagem que achamos muito interessante, que está no site "boa saúde":
Introdução
Muitos dos dependentes químicos iniciaram seu relacionamento com as drogas exatamente no lugar onde se suporia que estariam mais seguros: dentro de casa. Na realidade, de acordo com a Dra. Sandra Schivoletto, psiquiatra, Coordenadora Executiva do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas e Responsável pelo Ambulatório de Adolescentes e Drogas do Departamento de Psiquiatria da USP - Universidade São Paulo, em entrevista exclusiva para esta reportagem, é em casa, em família, que as crianças aprendem como se relacionar com as substâncias químicas. A mesma opinião é defendida pelo psicólogo clínico Fernando Falabella Tavares de Lima, Diretor Clínico do Núcleo de Estudos e Temas em Psicologia, NETPSI, especialista em drogas e que também concedeu entrevista exclusiva para esta matéria. “Os pais são o modelo de comportamento adulto dos filhos”, diria a Dra. Sandra. “Não há dúvidas que as crianças e os adolescentes que iniciam o uso de remédios e drogas ilícitas vêem no exemplo das pessoas mais velhas uma atitude a ser imitada”, confirma o psicólogo Fernando.
Onde para cada problema existe uma solução química, a dependência química é a decorrência natural
O problema, segundo profissionais como o psicólogo Fernando e a psiquiatra Sandra, é que muitas famílias adotam um modelo de comportamento permissivo em relação às substâncias químicas, utilizando-as como alternativa para a solução imediata de suas angústias. A Dra. Sandra explica que, até o fim da infância, os pais são vistos como referência do que é certo e somente na adolescência, quando passam a ter contato com outros modelos de comportamento, que começam a questiona-los. Mas é na infância que o indivíduo estabelece sua forma de lidar com o mundo, com as angústias e com as emoções. A médica usa como exemplo o pai que chega em casa e, estressado, toma um whisky, ou a mãe que usa um calmante, como o Lexotan ®, para relaxar. “Ou o pai que, com problemas sexuais, toma um Viagra, ou a mãe que quer emagrecer e, em vez de fazer dieta ou ginástica e adotar hábitos saudáveis, toma um remédio para absorver menos gordura”, complementa ela com mais exemplos.
“Isso resulta em um modelo de que para qualquer problema, uma substância química é uma solução rápida. O que acaba acontecendo é que não se cria o hábito de, em família, conversar para resolver os problemas: toma-se logo um remedinho, bebe-se uma bebidinha, para qualquer coisa”, conclui a Dra. Sandra. “É bastante comum vermos pais que são viciados em remédios, álcool, tabaco, ou mesmo em trabalho, reclamarem ao saberem que os filhos adolescentes estão experimentando maconha, por exemplo”, exemplifica ainda o psicólogo Fernando.
Automedicação: exemplos que passam a mensagem errada
De acordo com a médica, famílias que se automedicam tem mais chances de que seus filhos abusem de drogas tanto lícitas quanto ilícitas, e este é um fato provado pela experiência clínica da maioria dos profissionais da área. Um exemplo clássico citado pela médica é o do uso de vitaminas quando a criança não quer comer, “para abrir o apetite”. A mensagem passada para a criança, explica a médica, está errada. Quanto a isso, o psicólogo Fernando complementa que um dos expedientes utilizados para “abrir o apetite”, com muita freqüência, é o tradicional Biotônico Fontoura ®, xarope que promete abrir o apetite, e que, segundo ele, possui 9% de teor alcoólico, contra 4 ou 5% de concentração alcoólica das cervejas. “O uso diário - às vezes mais de uma vez por dia - deste tipo de produto, administrado para crianças pequenas, pode induzir ao alcoolismo”, alerta o psicólogo.
O diretor do NETPSI lembra também que “não se pode esquecer ainda que há remédios que são feitos para crianças, embora contenham componentes tóxicos bastante fortes." As crianças descobrem a "farmacinha" doméstica e vão em busca daqueles remédios gostosinhos, como por exemplo alguns xaropes, com gosto doce, ou mesmo alguns comprimidos que parecem balas. Fernando recorda que um grande número de internações de crianças se deve ao consumo de remédios sem controle. “Os pais ou responsáveis devem ter o maior cuidado no armazenamento de remédios em casa. Não se pode deixá-los à mão de crianças: nunca é demais lembrar que remédios são drogas e devem estar guardados em locais fechados, fora do alcance dos pequenos”, alerta.
O imediatismo típico da adolescência
Junta-se a este modelo familiar descrito pela psiquiatra uma das características mais típicas dos adolescentes: o imediatismo. Com estes ingredientes está criado o ambiente onde a dependência química se instala. “O adolescente está preocupado com o agora, e não como o daqui um ano”, alerta a psiquiatra, explicando o porquê dele escolher o prazer imediato em detrimento da saúde no longo prazo. “Em um modelo familiar deste tipo, o adolescente não aprendeu a lidar com a tristeza, o cansaço, a frustração. Para aliviar os seus problemas, ele aprendeu que a saída é tomar um comprimido, beber alguma coisa, ou qualquer outra solução imediata que dê prazer e/ou alívio” continua e médica.
A psiquiatra lembra que crianças e adolescentes não aprendem com discurso, mas com comportamento, com exemplo, com coerência. E aí entram uma série de aprendizados indiretos, muitas vezes não relacionados com as drogas em si, mas que fazem parte deste modelo de que fala a Dra. Sandra. Segundo ela, “de nada adianta ensinarmos na escola as regras de trânsito se depois o pai passa no sinal vermelho na frente do filho: falta coerência na educação familiar”, acusa. “Os pais dizem que é proibido mentir, mas pedem para os filhos dizerem que não estão em casa quando alguém inoportuno telefona”, prossegue a psiquiatra, que ensina que o diálogo é o modelo que precisa ser implantado no ambiente familiar: “Para estar tranqüilo em relação ao que espera dos hábitos do filho no futuro, plante isso com ele desde o início. Não espere que ele lhe conte o seu dia se você não lhe conta o seu”.
O consumo de álcool e tabaco também começa em casa
De acordo com o Levantamento Nacional Domiciliar sobre o Uso de Psicotrópicos, desenvolvido pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) realizado em 1999 em 24 cidades do Estado de São Paulo e publicado na edição nº 52 da Revista ‘Pesquisa FAPESP’ (abril de 2000), sob a reportagem de Marta Góes ‘A ameaça maior das drogas legais’, “as drogas que mais devastam os brasileiros podem ser expostas nas cristaleiras ou consumidas em festas de família”. Segundo esta pesquisa, “nas maiores cidades do Estado de São Paulo consomem-se álcool e cigarro em níveis tão altos quanto nos Estados Unidos, mas o uso de maconha, cocaína, crack e outras substâncias ilegais permanecem em patamares tão baixos quanto os de outros países da América Latina”.
Embora essa conclusão pareça mais um daqueles argumentos para legitimar o consumo da maconha, por outro lado desfaz a idéia de que álcool e tabaco não são drogas. O pesquisador José Carlos Galduróz, médico psiquiatra graduado pela Escola Paulista de Medicina (atual Universidade Federal de São Paulo - Unifesp), onde fez o mestrado e o doutorado na área de Psicobiologia e também pesquisador do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), que coordenou o levantamento, diz que o estereótipo de que droga é só maconha e cocaína contribui para o consumo intenso de álcool e tabaco e que, graças a isso, o álcool pode ser anunciado livremente e costuma ser vinculado pela publicidade até à imagem de atletas. Já se sabia que o álcool é o psicotrópico de uso mais difundido no País, mas a estridência dos meios de comunicação ao falar de drogas ilegais sugeria que elas estariam tomando a dianteira como ameaça social. De acordo com o Levantamento da Fapesp, “53% da população experimenta álcool pelo menos uma vez na vida e uma grande porcentagem dos que bebem se torna dependente: entre os homens, um em cada seis. Mais silenciado e em muitas instâncias protegido por uma capa de respeitabilidade, o álcool é consumido regularmente - de três a quatro vezes por semana ou, até, todos os dias - por 4,5% da população pesquisada, ou 673 mil pessoas.
De acordo com as conclusões do estudo realizado em São Paulo, o consumo de tabaco também causa alarme entre os especialistas. Pelo menos 39% dos habitantes das maiores cidades do Estado de São Paulo já fumaram alguma vez, aponta o levantamento. Destes, cerca de 20% - um número estimado em 3 milhões de pessoas - fumam diariamente e chega a quase 10% o número de dependentes de cigarro na população, muitos deles na faixa dos 12 a 17 anos (3,5% ou 84.000 pessoas).
O mais incrível é que uma outra pesquisa, do Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas), de 1997, com estudantes de dez capitais brasileiras, aponta que 40% dos entrevistados de 12 a 18 anos beberam pela primeira vez em casa.
Modelos de Prevenção
Segundo a Dra. Sandra, os modelos de prevenção à dependência química atuais visam os pais das crianças. “Peça para que os pais de hoje reflitam sobre os modelos familiares que eles tem e se não estão passando a mensagem de que há soluções químicas para qualquer problema”, sugere a médica. De acordo com a especialista, há trabalhos internacionais (Chilcoat, Haoward e James, Anthony, EUA, 1996) que mostram que o monitoramento dos pais com filhos ainda na infância, promovendo que estejam mais presentes na vida dos seus filhos, é capaz de retardar a experimentação das drogas e diminui o risco do uso de drogas ilícitas.
Com base nesta premissa, o rumo dos programas de prevenção aceitos pelos estudiosos sofreram alterações bastante contundentes. No entanto, não existem ainda dados conclusivos sobre os resultados destes novos modelos de prevenção, uma vez que não há ainda tempo suficiente para que a comprovação científica, que compara um modelo com o outro, ocorra. “O que se sabe ainda é intuitivo”, explica a médica. Na opinião dela, o programa de prevenção ideal visa os pais, a pré-escola, uma postura ativa em relação à saúde e mais as crianças do que os jovens, visando resultados em longo prazo.
De acordo com o psicólogo Fernando, “é importante que as ações preventivas não visem apenas o resultado imediato, como o obtido por técnicas do ‘modelo do terror’, por exemplo, através de depoimentos, fotos, estatísticas dramáticas que objetivam apenas a paralisação momentânea do comportamento. As ações preventivas devem ser a longo prazo, realizadas através de programas específicos para cada idade e população-alvo. Pouco adianta a utilização de palestras isoladas, o trabalho deve ser contínuo.”
Prevenção dirigida
O levantamento feito pela Fapesp comprova a tese de Fernando de que as campanhas de prevenção devem ser dirigidas a cada população, inclusive com abordagens diferentes para homens e mulheres. De acordo com o estudo, embora inicialmente todos sejam expostos da mesma maneira ao consumo do álcool, por exemplo, enquanto um em cada seis usuários do sexo masculino se torna dependente, isso acontece apenas com uma em cada 17 mulheres. Em cada quatro usuários de maconha, três são homens. Em contrapartida, no que diz respeito ao tabaco, as mulheres são vítimas preferenciais - uma em cada quatro que experimentam cigarro se viciam, contra um em cada cinco homens. Na faixa etária de 35 anos ou mais, há um número discretamente maior de dependentes do tabaco entre as mulheres.
No caso dos estimulantes, em geral moderadores de apetite, como Inibex ®, Hipofagin ® e Moderex ®, para voltarmos ao exemplo das drogas que são compradas em farmácias e habitam as residências ao lado dos tradicionais xaropes e analgésicos, nota-se um nítido predomínio feminino. Com base na pesquisa realizada em São Paulo, concluiu-se que as mulheres consomem quatro vezes mais este tipo de psicotrópico do que os homens. De acordo com Galduróz, este dado já aparecia muito claramente na pesquisa com estudantes, também realizada pela Fapesp, e que exprime a obrigação de um modelo de beleza baseado na magreza, imposto às mulheres pela moda. Este mesmo dado explica também a predominância do uso de ansiolíticos (benzodiazepínicos) entre as mulheres: 1,7% em contraposição a 1% dos homens. Este tipo de remédio é usado para compensar os efeitos tensionadores causados pelos moderadores de apetite.
Ainda sobre os modelos de prevenção, Galduróz lembra ainda que a informação rigorosa, assim como o diagnóstico certo, embora sejam fundamentais para enfrentar o problema da droga, são apenas partes da solução. De acordo com o pesquisador, “informação sozinha não muda nada. Todo mundo sabe que cigarro dá câncer e ainda assim fuma; adolescente sabe do risco de transar sem camisinha e engravida”. Partindo de informações do Levantamento Domiciliar, quase 50% da população das grandes cidades considera beber um ou dois drinques por semana risco grave, mas nem por isso os índices de consumo e dependência de álcool são menores. O pesqeduisador acredita que “a informação tem que ser trabalhada em campanhas, currículos escolares e em políticas de saúde pública”. Ele lembra que todo o investimento do governo americano em repressão, na última década, não impediu que o país se tornasse o maior mercado consumidor de drogas do mundo.
O álcool presente em festas

Qual o jovem que nunca foi a uma festa que tivesse bebidas alcoolicas?
Hoje e comum ver jovens bêbados em festas como estas. O problema nao esta em ir a festas com álcool, e sim em sempre beber, e, com o tempo, isso pode vir a ser uma dependência no futuro. Estar sempre alerta e bom. Afinal nem todos que bebem são maiores de idade.
domingo, 23 de outubro de 2011
Alcoolismo e os problemas dos jovens
Em 2011 estamos trabalhando com outros assuntos que ligam ao alcoolismo indiretamente, por isso não temos mais postado tantas coisas agora, mas retomamos com o assunto. Agora vamos falar mais sobre o álcool e os jovens, um tema que vem sido cada vez mais falado com a sociedade atualmente, seja porque tem crescido o número de dependentes dessa bebida, seja por que os jovens estão cada vez mais presentes em festas com álcool. Mas o problema será serio? Ou apenas uma fase da vida adolescente?
Em nosso colegio temos discutido mais situações em que o jovem está cada vez mais presente: as DSTs, as drogas. Por que será que as coisas que nos prejudicam mais, são as que mais desejamos fazer?
Em nosso colegio temos discutido mais situações em que o jovem está cada vez mais presente: as DSTs, as drogas. Por que será que as coisas que nos prejudicam mais, são as que mais desejamos fazer?
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
O álcoolismo e AIDs, estão relacionados?
Surgiu uma duvida entre o grupo: O álcoolismo e AIDs, estão relacionados?
Depois de pesquisar por diversos sites da web, descobrimos que sim, o álcoolismo e a AIDs estão relacionados. Abaixo nós escrevemos alguns itens que relacionam o álcoolismo e a AIDs, que são:
- Quando alguem consome o álcool, ele(a) perde o senso de responsabilidade e libera totalmente o libido (desejo sexual);
- Com a liberação do libido, ele(a) faz tudo que lhe vier na mente;
- A pessoa sob efeito do álcool acaba dispensando os protetores, como a camisinha que lhe livraria de uma possivel gravidez ou de qualquer tipo de DST (Doenças Sexualmente Transmisiveis)
- Sob o efeito do álcool, qualquer coisa atrai a pessoa, seja homem ou mulher, que possam conter alguma doença sexualmente transmitivel;
-Alem de que o álcool é a porta para outas drogas em que se usam seringas, que tambem pode ser um caminho para AIDS.
- Boa sorte! Todo cuidado é pouco!
Depois de pesquisar por diversos sites da web, descobrimos que sim, o álcoolismo e a AIDs estão relacionados. Abaixo nós escrevemos alguns itens que relacionam o álcoolismo e a AIDs, que são:
- Quando alguem consome o álcool, ele(a) perde o senso de responsabilidade e libera totalmente o libido (desejo sexual);
- Com a liberação do libido, ele(a) faz tudo que lhe vier na mente;
- A pessoa sob efeito do álcool acaba dispensando os protetores, como a camisinha que lhe livraria de uma possivel gravidez ou de qualquer tipo de DST (Doenças Sexualmente Transmisiveis)
- Sob o efeito do álcool, qualquer coisa atrai a pessoa, seja homem ou mulher, que possam conter alguma doença sexualmente transmitivel;
-Alem de que o álcool é a porta para outas drogas em que se usam seringas, que tambem pode ser um caminho para AIDS.
- Boa sorte! Todo cuidado é pouco!
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Drogas: Cartilha álcool e jovens
Drogas: Cartilha álcool e jovens é uma cartilha muito interessante sobre o tema tratado aqui. Aqui vai um trecho da página 2:
O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA -
proíbe a venda de qualquer tipo de bebida alcoólica para
menores de 18 anos.
Portanto, fique esperto! Se alguém lhe oferecer,
mesmo que gratuitamente, qualquer bebida alcoólica,
NÃO ACEITE!
Essa pessoa estará cometendo um crime.
É bom lembrar que o uso do álcool pode levar
ao alcoolismo, uma doença grave que atinge 12,3% da
população brasileira com idade entre 12 e 65 anos. Entre
os jovens de 12 a 17 anos, a taxa de alcoolismo é de 7,0%.
Considere que esta porcentagem representa 554.000
jovens com sérios problemas sociais e de saúde."
Também separamos páginas desta cartilha que vale a pena conferir:
p. 2
p.7
p. 9
p. 11
p. 13
p. 23
p. 31
p. 34
p. 33
Segue link para ler esta cartilha: http://www.obid.senad.gov.br/portais/OBID/biblioteca/documentos/Publicacoes/cartilhas/328190.pdf
"Alerta importante
Legislação: O que ela diz sobre o Bebidas alcólicas e o Adolescente?
Recebemos um e-mail, pedindo para mostrar o que a Legislação diz sobre o Adolescente e o álcool.
Então aqui vai algumas informações sobre o tema e os sites de onde foram tiradas para maiores informações
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.
Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao adolescente de:
I - armas, munições e explosivos;
II - bebidas alcoólicas;
III - produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica ainda que por utilização indevida;
I - armas, munições e explosivos;
II - bebidas alcoólicas;
III - produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica ainda que por utilização indevida;
IV - fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que pelo seu reduzido potencial sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida;
V - revistas e publicações a que alude o art. 78;
VI - bilhetes lotéricos e equivalentes.
Art. 243. Vender, fornecer ainda que gratuitamente, ministrar ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente, sem justa causa, produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por utilização indevida:Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave. (Redação dada pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003)DECRETO-LEI Nº 3.688, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941. Lei das Contravenções Penais
http://www.planalto.gov.br/ccivil/Decreto-Lei/Del3688.htm
Art. 63. Servir bebidas alcoólicas:
I – a menor de dezoito anos;
II – a quem se acha em estado de embriaguez;
III – a pessoa que o agente sabe sofrer das faculdades mentais;
IV – a pessoa que o agente sabe estar judicialmente proibida de frequentar lugares onde se consome bebida de tal natureza:
Pena – prisão simples, de dois meses a um ano, ou multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis.
LEI Nº 9.294, DE 15 DE JULHO DE 1996. Dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos do § 4° do art. 220 da Constituição Federal.
http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L9294.htm
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Aproveitar a Vida
Com base no tema "aproveitando a vida", nós criamos um vídeo fazendo uma relação entre a vida e as drogas. Obrigada por assistirem!
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Vídeo de Sensibilização
O link abaixo é um vídeo de sensibilação em relação ao álcool. Nós vimos e aprovamos:
http://www.youtube.com/watch?v=3Ko3uuwUoaA&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=3Ko3uuwUoaA&feature=related
Ansiolíticos
Olá Demerson, obrigada por ler e perguntar, não é bem o nosso tema, mas nós vamos responder sua pergunta...
Os ansiolíticos, também conhecidos como tranquilizantes são drogas sintéticas utilizadas para diminuir a ansiedade e a tensão. Em pequenas doses recomendadas por médicos, não causam danos físicos ou mentais. Afetam áreas do cérebro que controlam a ansiedade e o estado de alerta relaxando os musculos. São exemplos de Ansilióticos:
Bromazepam
Diazepam
Alprazolam
Clonazepam
Os ansiolíticos podem ser consumidos oralmente e com seringas que só são usadas em hospitais para sedar um paciente.
Uma pessoa que usa ansiolíticos por um longo período pode adquirir dependência do medicamento. Os ansiolíticos prejudicam principalmente mulheres grávidas podendo causar má formação do feto.
![]() | |
O uso abusivo de ansiolíticos pode causar dependencias, procure um médico sempre antes de começar a usa-lo |
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Gráficos e estatisticas sobre o Alcoolismo
GRÁFICO 1 - USO DO ÁLCOOL COMPARADO A OUTRAS DROGAS
Fonte: CEBRID - 1997
GRÁFICO 2
Fonte: CEBRID - 1997
GRÁFICO 2
GRÁFICO 3 - Conseqüências do uso de álcool

A REAÇÃO BIFÁSICA AO ÁLCOOL
GRÁFICO 4 - REAÇÃO BIFÁSICA

Problemas causados pela bebida alcoólica
Diversos são os problemas causados pela bebida alcoólica pesada e prolongada. Fugiria ao nosso objetivo entrar em detalhes a esse respeito, por isso abordaremos o tema superficialmente.


Sistema Nervoso - Amnésias nos períodos de embriaguez acontecem em 30 a 40% das pessoas no fim da adolescência e início da terceira década de vida: provavelmente o álcool inibe algum dos sistemas de memória impedindo que a pessoa se recorde de fatos ocorridos durante o período de embriaguez. Induz a sonolência, mas o sono sob efeito do álcool não é natural, tendo sua estrutura registrada no eletroencefalograma alterado. Entre 5 e 15% dos alcoólatras apresentam neuropatia periférica. Este problema consiste num permanente estado de hipersensibilidade, dormência, formigamento nas mãos, pés ou ambos. Nas síndromes alcoólicas pode-se encontrar quase todas as patologias psiquiátricas: estados de euforia patológica, depressões, estados de ansiedade na abstinência, delírios e alucinações, perda de memória e comportamento desajustado.
Sistema Gastrintestinal - Grande quantidade de álcool ingerida de uma vez pode levar a inflamação no esôfago e estômago o que pode levar a sangramentos além de enjôo, vômitos e perda de peso. Esses problemas costumam ser reversíveis, mas as varizes decorrentes de cirrose hepática além de irreversíveis, são potencialmente fatais devido ao sangramento de grande volume que pode acarretar. Pancreatites agudas e crônicas são comuns nos alcoólatras constituindo-se uma emergência à parte. A cirrose hepática é um dos problemas mais falados dos alcoólatras; é um problema irreversível e incompatível com a vida, levando o alcoólatra lentamente à morte.
Câncer - Os alcoólatras estão 10 vezes mais sujeitos a qualquer forma de câncer que a população em geral.
Sistema Cardiovascular - Doses elevadas por muito tempo provocam lesões no coração provocando arritmias e outros problemas como trombos e derrames conseqüentes. É relativamente comum a ocorrência de um acidente vascular cerebral após a ingestão de grande quantidade de bebida.
Sistema Gastrintestinal - Grande quantidade de álcool ingerida de uma vez pode levar a inflamação no esôfago e estômago o que pode levar a sangramentos além de enjôo, vômitos e perda de peso. Esses problemas costumam ser reversíveis, mas as varizes decorrentes de cirrose hepática além de irreversíveis, são potencialmente fatais devido ao sangramento de grande volume que pode acarretar. Pancreatites agudas e crônicas são comuns nos alcoólatras constituindo-se uma emergência à parte. A cirrose hepática é um dos problemas mais falados dos alcoólatras; é um problema irreversível e incompatível com a vida, levando o alcoólatra lentamente à morte.
Câncer - Os alcoólatras estão 10 vezes mais sujeitos a qualquer forma de câncer que a população em geral.
Sistema Cardiovascular - Doses elevadas por muito tempo provocam lesões no coração provocando arritmias e outros problemas como trombos e derrames conseqüentes. É relativamente comum a ocorrência de um acidente vascular cerebral após a ingestão de grande quantidade de bebida.

Hormônios Sexuais - O metabolismo do álcool afeta o balanço dos hormônios reprodutivos no homem e na mulher. No homem o álcool contribui para lesões testiculares o que prejudica a produção de testosterona e a síntese de esperma. Já com cinco dias de uso contínuo de 220 gramas de álcool os efeitos acima mencionados começam a se manifestar e continua a se aprofundar com a permanência do álcool. Essa deficiência contribui para a feminilização dos homens, com o surgimento, por exemplo, de ginecomastia (presença de mamas no homem).
Hormônios Tireoideanos - Não há evidências de que o alcoolismo afete diretamente os níveis dos hormônios tireoideanos. Há pacientes alcoólatras que apresentam alterações tanto para mais como para menos nos níveis desses hormônios; presume-se que quando isso ocorre seja de forma indireta por afetar outros sistemas do corpo.
Hormônio do crescimento - Alterações são observadas em indivíduos que abusam de álcool, mas essas alterações não provocam problemas detectáveis como inibição do crescimento ou baixa estatura, pelo menos até o momento.
Hormônio Antidiurético - Esse hormônio inibe a perda de água pelos rins, o álcool inibe esse hormônio: como resultado a pessoa perde mais água que o habitual, urina mais, o que pode levar a desidratação.
Ociticina - Esse hormônio é responsável pelas contrações do útero no parto. O álcool tanto pode inibir um parto prematuro como atrapalhar um parto a termo, podendo tanto ser terapêutico como danoso
Hormônios Tireoideanos - Não há evidências de que o alcoolismo afete diretamente os níveis dos hormônios tireoideanos. Há pacientes alcoólatras que apresentam alterações tanto para mais como para menos nos níveis desses hormônios; presume-se que quando isso ocorre seja de forma indireta por afetar outros sistemas do corpo.
Hormônio do crescimento - Alterações são observadas em indivíduos que abusam de álcool, mas essas alterações não provocam problemas detectáveis como inibição do crescimento ou baixa estatura, pelo menos até o momento.
Hormônio Antidiurético - Esse hormônio inibe a perda de água pelos rins, o álcool inibe esse hormônio: como resultado a pessoa perde mais água que o habitual, urina mais, o que pode levar a desidratação.
Ociticina - Esse hormônio é responsável pelas contrações do útero no parto. O álcool tanto pode inibir um parto prematuro como atrapalhar um parto a termo, podendo tanto ser terapêutico como danoso
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Insulina - O álcool não afeta diretamente os níveis de insulina: quando isso acontece é por causa de uma possível pancreatite que é outro processo distinto. A diminuição do açúcar no sangue não se deve a ação do álcool sobre a insulina ou sobre o glucagon (outro hormônio envolvido no metabolismo do açúcar).
Gastrina - Este hormônio estimula a secreção de ácido no estômago preparando-o para a digestão. O principal estímulo para a secreção de gastrina é a presença de alimentos no estômago, principalmente as proteínas. É controverso o efeito do álcool sobre a gastrina, alguns pesquisadores dizem que o álcool não provoca sua liberação, outros dizem que provoca, o que levaria ao aumento da acidez estomacal. Podem provocar úlceras no aparelho digestivo.
Insulina - O álcool não afeta diretamente os níveis de insulina: quando isso acontece é por causa de uma possível pancreatite que é outro processo distinto. A diminuição do açúcar no sangue não se deve a ação do álcool sobre a insulina ou sobre o glucagon (outro hormônio envolvido no metabolismo do açúcar).
Gastrina - Este hormônio estimula a secreção de ácido no estômago preparando-o para a digestão. O principal estímulo para a secreção de gastrina é a presença de alimentos no estômago, principalmente as proteínas. É controverso o efeito do álcool sobre a gastrina, alguns pesquisadores dizem que o álcool não provoca sua liberação, outros dizem que provoca, o que levaria ao aumento da acidez estomacal. Podem provocar úlceras no aparelho digestivo.
Curiosidades sobre o alcoolismo e seus medicamentos.
O alcoolismo é o conjunto de problemas relacionados ao consumo excessivo e prolongado do álcool; é entendido como o vício de ingestão excessiva e regular de bebidas alcoólicas, e todas as conseqüências decorrentes. O alcoolismo é, portanto, um conjunto de diagnósticos. Dentro do alcoolismo existe a dependência, a abstinência, o abuso (uso excessivo, porém não continuado), intoxicação por álcool (embriaguez). Síndromes amnéstica (perdas restritas de memória), demencial, alucinatória, delirante, de humor. Distúrbios de ansiedade, sexuais, do sono e distúrbios inespecíficos. Por fim o delirium tremens, que pode ser fatal.
Assim o alcoolismo é um termo genérico que indica algum problema, mas medicamente para maior precisão, é necessário apontar qual ou quais distúrbios estão presentes, pois geralmente há mais de um O comportamento de repetição obedece a dois mecanismos básicos não patológicos: o reforço positivo e o reforço negativo. O reforço positivo refere-se ao comportamento de busca do prazer: quando algo é agradável a pessoa busca os mesmos estímulos para obter a mesma satisfação. O reforço negativo refere-se ao comportamento de evitação de dor ou desprazer. Quando algo é desagradável a pessoa procura os mesmos meios para evitar a dor ou desprazer, causados numa dada circunstância. A fixação de uma pessoa no comportamento de busca do álcool, obedece a esses dois mecanismos acima apresentados. No começo a busca é pelo prazer que a bebida proporciona. Depois de um período, quando a pessoa não alcança mais o prazer anteriormente obtido, não consegue mais parar porque sempre que isso é tentado surgem os sintomas desagradáveis da abstinência, e para evitá-los a pessoa mantém o uso do álcool. Os reforços positivo e negativo são mecanismos ou recursos normais que permitem às pessoas se adaptarem
ao seu ambiente.
As medicações hoje em uso atuam sobre essas fases: a naltrexona inibe o prazer dado pelo álcool, inibindo o reforço positivo; o acamprosato diminui o mal estar causado pela abstinência, inibindo o reforço negativo. Provavelmente, dentro de pouco tempo, teremos estudos avaliando o benefício trazido pela combinação dessas duas medicações para os dependentes de álcool que não obtiveram resultados satisfatórios com cada uma isoladamente. A tolerância e a dependência ao álcool são dois eventos distintos e indissociáveis. A tolerância é a necessidade de doses maiores de álcool para a manutenção do efeito de embriaguez obtido nas primeiras doses. Se no começo uma dose de uísque era suficiente para uma leve sensação de tranqüilidade, depois de duas semanas (por exemplo) são necessárias duas doses para o mesmo efeito. Nessa situação se diz que o indivíduo está desenvolvendo tolerância ao álcool. Normalmente, à medida que se eleva a dose da bebida alcoólica para se contornar a tolerância, ela volta em doses cada vez mais altas. Aos poucos, cinco doses de uísque podem se tornar inócuas para o indivíduo que antes se embriagava com uma dose. Na prática não se observa uma total tolerância, mas de forma parcial. Um indivíduo que antes se embriagava com uma dose de uísque e passa a ter uma leve embriaguez com três doses está tolerante apesar de ter algum grau de embriaguez. O alcoólatra não pode dizer que não está tolerante ao álcool por apresentar sistematicamente um certo grau de embriaguez. O critério não é a ausência ou presença de embriaguez, mas a perda relativa do efeito da bebida. A tolerância ocorre antes da dependência. Os primeiros indícios de tolerância não significam, necessariamente, dependência, mas é o sinal claro de que a dependência não está longe. A dependência é simultânea à tolerância. A dependência será tanto mais intensa quanto mais intenso for o grau de tolerância ao álcool. Dizemos que a pessoa tornou-se dependente do álcool quando ela não tem mais forças por si própria de interromper ou diminuir o uso do álcool.
O alcoólatra de "primeira viagem" sempre tem a impressão de que pode parar quando quiser e afirma: "quando eu quiser, eu paro". Essa frase geralmente encobre o alcoolismo incipiente e resistente; resistente porque o paciente nega qualquer problema relacionado ao álcool, mesmo que os outros não acreditem, ele próprio acredita na ilusão que criou. A negação do próprio alcoolismo, quando ele não é evidente ou está começando, é uma forma de defesa da auto-imagem (aquilo que a pessoa pensa de si mesma).
O alcoolismo, como qualquer diagnóstico psiquiátrico, é estigmatizante. Fazer com que uma pessoa reconheça o próprio estado de dependência alcoólica, é exigir dela uma forte quebra da auto-imagem e conseqüentemente da auto-estima. Com a auto-estima enfraquecida a pessoa já não tem a mesma disposição para viver e, portanto, lutar contra a própria doença. É uma situação paradoxal para a qual não se obteve uma solução satisfatória. Dependerá da arte de conduzir cada caso particularmente, dependerá da habilidade de cada psiquiatra. A identificação precoce do alcoolismo geralmente é prejudicada pela negação dos pacientes quanto a sua condição de alcoólatras. Além disso, nos estágios iniciais é mais difícil fazer o diagnóstico, pois os limites entre o uso "social" e a dependência nem sempre são claros. Quando o diagnóstico é evidente e o paciente concorda em se tratar é porque já se passou muito tempo, e diversos prejuízos foram sofridos. É mais difícil de se reverter o processo. Como a maioria dos diagnósticos mentais, o alcoolismo possui um forte estigma social, e os usuários tendem a evitar esse estigma.
Assim o alcoolismo é um termo genérico que indica algum problema, mas medicamente para maior precisão, é necessário apontar qual ou quais distúrbios estão presentes, pois geralmente há mais de um O comportamento de repetição obedece a dois mecanismos básicos não patológicos: o reforço positivo e o reforço negativo. O reforço positivo refere-se ao comportamento de busca do prazer: quando algo é agradável a pessoa busca os mesmos estímulos para obter a mesma satisfação. O reforço negativo refere-se ao comportamento de evitação de dor ou desprazer. Quando algo é desagradável a pessoa procura os mesmos meios para evitar a dor ou desprazer, causados numa dada circunstância. A fixação de uma pessoa no comportamento de busca do álcool, obedece a esses dois mecanismos acima apresentados. No começo a busca é pelo prazer que a bebida proporciona. Depois de um período, quando a pessoa não alcança mais o prazer anteriormente obtido, não consegue mais parar porque sempre que isso é tentado surgem os sintomas desagradáveis da abstinência, e para evitá-los a pessoa mantém o uso do álcool. Os reforços positivo e negativo são mecanismos ou recursos normais que permitem às pessoas se adaptarem
As medicações hoje em uso atuam sobre essas fases: a naltrexona inibe o prazer dado pelo álcool, inibindo o reforço positivo; o acamprosato diminui o mal estar causado pela abstinência, inibindo o reforço negativo. Provavelmente, dentro de pouco tempo, teremos estudos avaliando o benefício trazido pela combinação dessas duas medicações para os dependentes de álcool que não obtiveram resultados satisfatórios com cada uma isoladamente. A tolerância e a dependência ao álcool são dois eventos distintos e indissociáveis. A tolerância é a necessidade de doses maiores de álcool para a manutenção do efeito de embriaguez obtido nas primeiras doses. Se no começo uma dose de uísque era suficiente para uma leve sensação de tranqüilidade, depois de duas semanas (por exemplo) são necessárias duas doses para o mesmo efeito. Nessa situação se diz que o indivíduo está desenvolvendo tolerância ao álcool. Normalmente, à medida que se eleva a dose da bebida alcoólica para se contornar a tolerância, ela volta em doses cada vez mais altas. Aos poucos, cinco doses de uísque podem se tornar inócuas para o indivíduo que antes se embriagava com uma dose. Na prática não se observa uma total tolerância, mas de forma parcial. Um indivíduo que antes se embriagava com uma dose de uísque e passa a ter uma leve embriaguez com três doses está tolerante apesar de ter algum grau de embriaguez. O alcoólatra não pode dizer que não está tolerante ao álcool por apresentar sistematicamente um certo grau de embriaguez. O critério não é a ausência ou presença de embriaguez, mas a perda relativa do efeito da bebida. A tolerância ocorre antes da dependência. Os primeiros indícios de tolerância não significam, necessariamente, dependência, mas é o sinal claro de que a dependência não está longe. A dependência é simultânea à tolerância. A dependência será tanto mais intensa quanto mais intenso for o grau de tolerância ao álcool. Dizemos que a pessoa tornou-se dependente do álcool quando ela não tem mais forças por si própria de interromper ou diminuir o uso do álcool.
O alcoólatra de "primeira viagem" sempre tem a impressão de que pode parar quando quiser e afirma: "quando eu quiser, eu paro". Essa frase geralmente encobre o alcoolismo incipiente e resistente; resistente porque o paciente nega qualquer problema relacionado ao álcool, mesmo que os outros não acreditem, ele próprio acredita na ilusão que criou. A negação do próprio alcoolismo, quando ele não é evidente ou está começando, é uma forma de defesa da auto-imagem (aquilo que a pessoa pensa de si mesma).
O alcoolismo, como qualquer diagnóstico psiquiátrico, é estigmatizante. Fazer com que uma pessoa reconheça o próprio estado de dependência alcoólica, é exigir dela uma forte quebra da auto-imagem e conseqüentemente da auto-estima. Com a auto-estima enfraquecida a pessoa já não tem a mesma disposição para viver e, portanto, lutar contra a própria doença. É uma situação paradoxal para a qual não se obteve uma solução satisfatória. Dependerá da arte de conduzir cada caso particularmente, dependerá da habilidade de cada psiquiatra. A identificação precoce do alcoolismo geralmente é prejudicada pela negação dos pacientes quanto a sua condição de alcoólatras. Além disso, nos estágios iniciais é mais difícil fazer o diagnóstico, pois os limites entre o uso "social" e a dependência nem sempre são claros. Quando o diagnóstico é evidente e o paciente concorda em se tratar é porque já se passou muito tempo, e diversos prejuízos foram sofridos. É mais difícil de se reverter o processo. Como a maioria dos diagnósticos mentais, o alcoolismo possui um forte estigma social, e os usuários tendem a evitar esse estigma.
O Álcool pode ser procurado tanto para ficar sexualmente desinibido como para evitar a vida sexual. No trabalho os colegas podem notar um comportamento mais irritável do que o habitual, atrasos e mesmo faltas. Acidentes de carro passam a acontecer. Quando essas situações acontecem é sinal de que o indivíduo já perdeu o controle da bebida: pode estar travando uma luta solitária para diminuir o consumo do álcool, mas geralmente as iniciativas pessoais resultam em fracassos. As manifestações corporais costumam começar por vômitos pela manhã, dores abdominais, diarréia, gastrites, aumento do tamanho do fígado. Pequenos acidentes que provocam contusões, e outros tipos de ferimentos se tornam mais freqüentes, bem como esquecimentos mais intensos do que os lapsos que ocorrem naturalmente com qualquer um, envolvendo obrigações e deveres sociais e trabalhistas.
O núcleo da doença é o desejo pelo álcool; há tempos isto é aceito, mas nunca se obteve uma substância psicoativa que inibisse tal desejo. Como prova de que inúmeros fracassos não desanimaram os pesquisadores, temos hoje já comprovadas, ou em fase avançada de testes, três substâncias eficazes na supressão do desejo pelo álcool, três remédios que atingem a essência do problema, que cortam o mal pela raiz. Estamos falando naltrexona, do acamprosato e da ondansetrona. O tratamento do alcoolismo não deve ser confundido com o tratamento da abstinência alcoólica. Como o organismo incorpora literalmente o álcool ao seu metabolismo, a interrupção da ingestão de álcool faz com que o corpo se ressinta: a isto chamamos abstinência que, dependendo do tempo e da quantidade de álcool consumidos pode causar sérios problemas e até a morte nos casos não tratados. As medicações acima citadas não têm finalidade de atuar nessa fase. A abstinência já tem suas alternativas de tratamento bem estabelecidas e relativamente satisfatórias. O Dissulfiram é uma substância que força o paciente a não beber sob a pena de intenso mal estar: se isso for feito, não suprime o desejo e deixa o paciente num conflito psicológico amargo.
O núcleo da doença é o desejo pelo álcool; há tempos isto é aceito, mas nunca se obteve uma substância psicoativa que inibisse tal desejo. Como prova de que inúmeros fracassos não desanimaram os pesquisadores, temos hoje já comprovadas, ou em fase avançada de testes, três substâncias eficazes na supressão do desejo pelo álcool, três remédios que atingem a essência do problema, que cortam o mal pela raiz. Estamos falando naltrexona, do acamprosato e da ondansetrona. O tratamento do alcoolismo não deve ser confundido com o tratamento da abstinência alcoólica. Como o organismo incorpora literalmente o álcool ao seu metabolismo, a interrupção da ingestão de álcool faz com que o corpo se ressinta: a isto chamamos abstinência que, dependendo do tempo e da quantidade de álcool consumidos pode causar sérios problemas e até a morte nos casos não tratados. As medicações acima citadas não têm finalidade de atuar nessa fase. A abstinência já tem suas alternativas de tratamento bem estabelecidas e relativamente satisfatórias. O Dissulfiram é uma substância que força o paciente a não beber sob a pena de intenso mal estar: se isso for feito, não suprime o desejo e deixa o paciente num conflito psicológico amargo.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Perguntas e Dúvidas Frequentes sobre o Alcoolismo
Aqui estão dúvidas frequentes que qualquer pessoa, alcolatra ou não, pode ter:
O que é Recaída
A taxa de recaída (voltar a beber depois de ter se tornado dependente e parado com o uso de álcool) é muito alta: aproximadamente 90% dos alcoólatras voltam a beber nos 4 anos seguintes a interrupção, quando nenhum tratamento é feito. A semelhança com outras formas de dependência como a nicotina, tranqüilizantes, estimulantes, etc, levam a crer que um há um mecanismo psicológico (cognitivo) em comum. O dependente que consiga manter-se longe do primeiro gole terá mais chances de contornar a recaída. A vontade de voltar a consumir a bebida de novo pelo prazer que ela dá é uma doença psiquica.
O estresse pode provocar alcoolismo?
O estresse não determina o alcoolismo, mas estudos mostraram que pessoas submetidas a situações estressantes para as quais não encontra alternativa, tornam-se mais freqüentemente alcoólatras. O álcool possui efeito relaxante e tranqüilizante semelhante ao dos ansiolíticos. O problema é que o álcool tem muito mais efeitos colaterais que os ansiolíticos. Numa situação dessas o uso de ansiolíticos poderia prevenir o surgimento de alcoolismo. Na verdade o que se encontra é a vontade de abolir as preocupações com a embriaguez e isso os ansiolíticos não proporcionam, ou o fazem em doses que levariam ao sono. O homem quando submetido a estresse tende a procurar não a tranqüilidade, mas o prazer. Quando uma dor adquire um sentido, torna-se possível contorná-la, continuar a vida, desde que ela não seja incapacitante.
As mulheres são mais vulneráveis ao álcool que os homens?
Aparentemente as mulheres são mais vulneráveis sim. Elas atingem concentrações sanguíneas de álcool mais altas com as mesmas doses quando comparadas aos homens. Parece também que sob a mesma carga de álcool os órgãos das mulheres são mais prejudicados do que o dos homens. A idade onde se encontra a maior incidência de alcoolismo feminino está entre 26e 34 anos, principalmente entre mulheres separadas. Se a separação foi causa ou efeito do alcoolismo isto ainda não está claro. As conseqüências do alcoolismo sobre os órgãos são diferentes nas mulheres: elas estão mais sujeitas a cirrose hepática do que o homem. Alguns estudos mostram que o consumo moderado de álcool diário aumenta as chances de câncer de mama. Um drink por dia não afeta a incidência desse câncer.
Filhos de Alcoólatras
Milhões de crianças e adolescentes convivem com algum parente alcoólatra no Brasil. As estatísticas mostram que eles estarão mais sujeitos a problemas emocionais e psiquiátricos do que a população desta faixa etária não exposta ao problema, o que de forma alguma significa que todos eles serão afetados. Na verdade 59% não desenvolvem nenhum problema. O primeiro problema que podemos citar é a baixa auto-estima e auto-imagem com conseqüentes repercussões negativas sobre o rendimento escolar e demais áreas do funcionamento mental, inclusive em testes de QI. Esses adolescentes e crianças tendem quando examinados a subestimarem suas próprias capacidades e qualidades. Outros problemas comuns em filhos e parentes de alcoólatras são persistência em mentiras, roubo, conflitos e brigas com colegas, vadiagem e problemas com o colégio.
À medida que o alcoolismo avança, as repercussões sobre o corpo se agravam. Os órgãos mais atingidos são: o cérebro, trato digestivo, coração, músculos, sangue, glândulas hormonais. A maioria dos casos de pancreatite aguda (75%) são provocados por alcoolismo. As afecções sobre o fígado podem ir de uma simples degeneração gordurosa à cirrose que é um processo irreversível e incompatível com a vida. O desenvolvimento de patologias cardíacas pode levar 10 anos por abusos de álcool e ao contrário da cirrose pode ser revertida com a interrupção do vício. Os alcoólatras tornam-se mais susceptíveis a infecções porque suas células de defesas são em menor número. O álcool interfere diretamente com a função sexual masculina, com infertilidade por atrofia das células produtoras de testosterona, e diminuição dos hormônios masculinos. O álcool pode afetar o desejo sexual e levar a impotência por danos causados nos nervos ligados a ereção. Nas mulheres o álcool pode afetar a produção hormonal feminina, levando diminuição da menstruação, infertilidade e afetando as características sexuais femininas.
O que é Recaída
A taxa de recaída (voltar a beber depois de ter se tornado dependente e parado com o uso de álcool) é muito alta: aproximadamente 90% dos alcoólatras voltam a beber nos 4 anos seguintes a interrupção, quando nenhum tratamento é feito. A semelhança com outras formas de dependência como a nicotina, tranqüilizantes, estimulantes, etc, levam a crer que um há um mecanismo psicológico (cognitivo) em comum. O dependente que consiga manter-se longe do primeiro gole terá mais chances de contornar a recaída. A vontade de voltar a consumir a bebida de novo pelo prazer que ela dá é uma doença psiquica.
O estresse pode provocar alcoolismo?

As mulheres são mais vulneráveis ao álcool que os homens?
Aparentemente as mulheres são mais vulneráveis sim. Elas atingem concentrações sanguíneas de álcool mais altas com as mesmas doses quando comparadas aos homens. Parece também que sob a mesma carga de álcool os órgãos das mulheres são mais prejudicados do que o dos homens. A idade onde se encontra a maior incidência de alcoolismo feminino está entre 26e 34 anos, principalmente entre mulheres separadas. Se a separação foi causa ou efeito do alcoolismo isto ainda não está claro. As conseqüências do alcoolismo sobre os órgãos são diferentes nas mulheres: elas estão mais sujeitas a cirrose hepática do que o homem. Alguns estudos mostram que o consumo moderado de álcool diário aumenta as chances de câncer de mama. Um drink por dia não afeta a incidência desse câncer.
Efeitos do Álcool sobre o Cérebro
Os resultados de exames pos-mortem (necropsia) mostram que pacientes com história de consumo prolongado e excessivo de álcool têm o cérebro menor, mais leve e encolhido do que o cérebro de pessoas sem história de alcoolismo. Esses achados continuam sendo confirmados pelos exames de imagem como a tomografia, a ressonância magnética e a tomografia por emissão de fótons. O dano físico direto do álcool sobre o cérebro é um fato já inquestionavelmente confirmado. A parte do cérebro mais afetada costumam ser o córtex pré-frontal, a região responsável pelas funções intelectuais superiores como o raciocínio, capacidade de abstração de conceitos e lógica. Depois do córtex, regiões profundas seguem na lista de mais acometidas pelo álcool: as áreas envolvidas com a memória e o cerebelo que é a parte responsável pela coordenação motora.
Filhos de Alcoólatras
Milhões de crianças e adolescentes convivem com algum parente alcoólatra no Brasil. As estatísticas mostram que eles estarão mais sujeitos a problemas emocionais e psiquiátricos do que a população desta faixa etária não exposta ao problema, o que de forma alguma significa que todos eles serão afetados. Na verdade 59% não desenvolvem nenhum problema. O primeiro problema que podemos citar é a baixa auto-estima e auto-imagem com conseqüentes repercussões negativas sobre o rendimento escolar e demais áreas do funcionamento mental, inclusive em testes de QI. Esses adolescentes e crianças tendem quando examinados a subestimarem suas próprias capacidades e qualidades. Outros problemas comuns em filhos e parentes de alcoólatras são persistência em mentiras, roubo, conflitos e brigas com colegas, vadiagem e problemas com o colégio.
Consequências corporais do alcoolismo

A Teoria Da Dependência Química
A DEPENDÊNCIA de qualquer substância psicoativa, ou seja, qualquer droga que altere o comportamento e que possa causar dependência (álcool, maconha, cocaína, crack, medicamentos para emagrecer à base de anfetaminas, calmantes indutores de dependência ou "faixa preta", tabaco, etc.) A dependência se caracteriza por o indivíduo sentir que a droga é tão necessária e vital em sua vida quanto alimento, água, repouso, segurança, lazer.
"QUÍMICA" se refere á uma substância, que geralmente provoca a dependência. O álcool, embora a maioria das pessoas o separem das drogas ilegais, é uma droga tão ou mais poderosa em causar dependência em pessoas predispostas quanto qualquer outra droga, ilegal ou não. A quimica é tudo que altere o organismo de alguma maneira, seja no psicológico, quanto no corpo da pessoa que está ingerindo essa quimica.
"QUÍMICA" se refere á uma substância, que geralmente provoca a dependência. O álcool, embora a maioria das pessoas o separem das drogas ilegais, é uma droga tão ou mais poderosa em causar dependência em pessoas predispostas quanto qualquer outra droga, ilegal ou não. A quimica é tudo que altere o organismo de alguma maneira, seja no psicológico, quanto no corpo da pessoa que está ingerindo essa quimica.
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